
Antes de tudo é preciso deixar os leitores avisados: Não se trata aqui de uma resenha do evento. As marcas que desfilaram e o que mostrou cada uma delas, você pode ver em outros tantos sites.
Por aqui, e por enquanto, só algumas impressões bestas sobre a noite de ontem.
Há anos eu acompanho o natalféxionuíque. A propósito, seria tão mais bonito se cada país substituísse o FW pelo seu próprio idioma né? Olha que lindo, seria “Semana de Moda de Natal”! Eu prefiro.
Mas não nos percamos em idéias paralelas. Ia dizendo que observo ano após ano, o mesmo comportamento: A inversão platéia –> passarela.
Explico. Um desfile é um espetáculo, e as atenções teoricamente estão voltadas para o palco – no caso, a passarela, certo?
Errado, se estivermos falando do NFW. Aqui ocorre um fenômeno que, certamente não é exclusividade potiguar, mas chama atenção. As pessoas estão ali muito mais para serem vistas do que para ver qualquer desfile.
É natural para quem gosta de moda se comunicar através do que veste. Aliás, para todo mundo, gostem ou não disso. A diferença é que quem curte moda escolhe a mensagem que quer passar.
Ei, olhe meu jeans caro que uso com pulseiras que comprei na feira: gosto de contrastes. Veja como eu misturo estampas de um jeito que ficaria terrível em qualquer pessoa, mas todo mundo acha que fica ótimo em mim: tenho personalidade. Viu como todo mundo me olha quando uso minissaia e decote?: sou insegura em tudo que faço, uso a sensualidade e a beleza para ser aceita.
E por aí segue a comunicação. O que vi ontem foi um monte de gente querendo falar ao mesmo tempo. Sem pedir licença, sem levantar a mão ou pedir a vez. Tinha gente querendo dizer que emagreceu, que é o melhor jornalista, que está muito melhor depois da separação, que é fashion, que não é gay, ou que é e quer que mais gente saiba, que saiu do armário, ou que se arrependeu de ter saído (porque tava bêbado)e quer voltar, que tem muito dinheiro, que tem muitos amigos, que entende de cabelos, que é amigo(a) de pessoas influentes… ah! Foram tantas mensagens que não deu pra decorar todas…
Então pra finalizar vou comentar uma mensagem mais direta, verbal mesmo. “Eu leio seu blog e gosto muito do que você escreve. Gosto mais ainda quando você dá sua opinião, porque muitas vezes é a minha também. Mas mesmo quando não concordo com você, também gosto do que diz, só pelo jeito divertido que você escreve”. Nossa! Tem coisa melhor de escutar?
Também tiveram outras tantas mensagens do tipo “eu também tenho um blog e adoro moda”, que fizeram a noite valer a pena.
E que me inspiraram a escrever esse post. Então nada mais justo que agradecer às meninas blogueiras Fernanda, Aline e Janaina. E às minhas leitoras que deixaram de ser anônimas: Gabi e Katarina.
Esse posto é beijinho em cada uma de vocês!
E vc, foi vestida de quê? Posta uma foto, vai!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ops! É assim mesmo né? Mas tipo, dá pra encontrar e trocar idéia tb com mta gente interessante. Como vc. 🙂
Oi Gladis!! Adorei ser citada no seu post! Foi ótimo nosso encontro inusitado, Peça-Chave, Bióloga de Salto e Salto Afiado. Grade beijo e sucesso!!!
Oi lindinha!! tive que sair ontem as margens de uma febre horrivel
não sei se estarei hoje na Semana de Moda de Natal, meus problemas respiratórios estão piorando.
bjnhs, sucesso!
Gostaria de dizer que este blog foi uma grata surpresa pra mim. Bom saber que existe vida inteligente no mundinho fashion de Natal (hein?)… Além de concordar com tudo que foi citado no texto, ainda tenho outra observação que pode somar ao ponto de vista de você(s). Se não bastasse esse falso glamur na moda potiguar, algo me diz, talvez pelo o que foi visto na passarala, que a maioria das pessoas que trabalha alí é tudo truque e vive de aparência. Todos são colunáveis, importantes e felizes. O amadorismo, seja no trabalho dos estilistas ou na própria produção do NFW é prova dissso. O que era aquela passarela? O que era aquela iluminação? E o que dizer das pessoas que andavam de um lado para o outro na hora do desfile? Aonde estavam os produtores do evento que não viram todos aqueles problemas? Já sei, tirando fotos para o Bob Flash etc etc….
Enfim… Fazer da moda o trampolim para sair do anonimato é decadente. Moda é coisa seria!
Pois é, realmente é uma pena que a organização não tenha sido lá essas coisas, vi pessoas da produção só aparecendo, mas também vi algumas pessoas trabalhando. De qualquer forma o que fica na minha cabeça é o trabalho e esforço de marcas locais. Algumas ainda tem que melhorar muito acabamento e tal, mas outras já estão muito bem posicionadas, olha a Toli como está bem posicionada no mercado. Como o Lex Mendes escreveu, moda é coisa séria.
Sempre leio seu blog mas nunca comentei. mas agora preciso dizer que concordo muito com voce e com lex. So fui um dia no NFW e achei aquele povo todo querendo viver so de aparencia, tao pobre isso. Escreva mais esses textos cheios de opiniao e ironia.
a gente adora!