O uso dos recursos naturais de forma responsável, sem comprometer as reservas naturais das gerações futuras, é uma necessidade real da qual as indústrias não podem mais fugir nem se esquivar.
Obviamente, as indústrias da moda e dos cosméticos também estão na corrida pela sustentabilidade. Não por que a humanidade se tornou boazinha e está preocupada com o planeta, mas sim porque os especialistas já deram a sentença: sustentabilidade já é um diferencial para a sobrevivência das empresas.
Mexeu no bolso, aí todo mundo corre atrás para se adequar.
Eu sempre fui curiosa e entusiasta de ideias que propõem uma moda mais ética, ecologicamente correta, criativa e que alie design, funcionalidade à sustentabilidade.
E o nome de uma estilista inglesa tem chamado atenção do mundo todo com uma ideia ainda pouco comercial, mas incrivelmente curiosa e fantástica: Suzanne Lee – a estilista que fabrica roupas usando… bactérias!
Isso mesmo. O projeto Biocouture produz roupas usando matéria orgânica e bactérias. Através de processos de fermentação, os microorganismos vão criando as fibras desse tecido biológico.
O resultado é um tecido que parece papel manteiga. Depois ele pode ser tingido, cortado, colado, moldado… o maior problema é que o tecido de Susanne Lee ainda não é resistente à agua.
Mas quem imagina o que essa pesquisadora do futuro das roupas pode estar desenvolvendo dentro de alguns meses?
Olha como ficam, atualmente, algumas peças:
Jaqueta com zíper, produzida através do processo de fermentação, e tingida em seguida
blusa com o tecido orgânico em estado mais natural
camisa com tingimento índigo blue. Seria o novo jeans?
Para entender melhor o processo, sugiro que vejam o vídeo da palestra dela no TED, em maio desse ano.
(aliás, vocês podem ir até a página do TED e conferir várias palestrar incríveis, principalmente as sobre design!)
Incrível, né?
Quem quiser saber mais sobre a produção de Suzanne Lee, pode acessar o blog do Biocouture, que sempre tem atualizações.
E continuando no assunto sustentabilidade…
dia desses fui até o TG Chic conhecer a linha de tratamento para os cabelos Cris Dios Organics.
Bati um papo com Fabiana Gondim, a dona do salão, que me explicou que as práticas de sustentabilidade também chegaram com tudo ao universo da beleza e dos cosméticos.
O TG Chic é pioneiro aqui na cidade nessa área. Fabiana fez uma analogia interessante: um salão de beleza é uma mistura de oficina mecânica com lavanderia. O primeiro porque está sempre jogando óleos no meio ambiente (por causa do silicone presente na maioria dos produtos para cabelo), e o segundo por causa das lavagens.
Agora imaginem só a quantidade de resíduos que um salão joga no meio ambiente todos os dias com colorações, hidratações, shampoos, relaxamentos, permanentes, alisamentos, etc etc.
Isso sem falar na quantidade de química e radicais livres que entram no nosso corpo através de todos esses processos para nos deixar “mais belas”.
Pensando nisso, a cabeleireira Cris Dios criou a linha Cris Dios Organics, primeira linha de tratamento brasileira elaborada com matéria prima orgânica certificada, e totalmente livre de silicone.
Cris Dios é famosa nacionalmente pelos produtos. Na página dela tem várias entrevistas sobre o sistema de tratamento maravilhoso que ela criou.
A linha é formada por dois xampus, dois tipos de máscara, condicionador e o famoso óleo de argan.
É um tratamento que cuida do cabelo de uma maneira muito natural, sem elementos pesados ou agressivos ao nosso organismo. Perfeito para quem tem alergia ou sensibilidade a alguns componentes de fórmulas presentes em produtos de beleza.
O cheiro é uma delícia, muito relaxante. Cheiro de coisa natural mesmo, nada daquele odor forte de perfume artificial. E o cabelo fica bem levinho, uma seda!
Só fiz uma aplicação, mas já senti a diferença. E quero comprar o tratamento completo para ver o efeito a médio e longo prazo.
meu picumã logo após o tratamento com os produtos Cris Dios
Como eu uso coloração há anos, e a tinta já é uma avalanche de oxidantes e coisas “do mal” para o meu corpo, acho que vou ficar usando esses produtos orgânicos para melhorar pelo menos um pouquinho a situação 🙁
E também penso em, aos poucos, me livrar da tintura e assumir uma vida capilar mais natural.
Mas cadê coragem pra deixar de ser ruiva? hehehe
Então é isso gente. E se vocês souberem de mais ideias e práticas sustentáveis por esse mundo da moda e da beuaté, mandem aí nos comentários, ok?
Meus comentários:
“Eca” pra essa roupa de bactérias. ahahahahaha Brincadeira. Achei inacreditável na verdade.
E vc PARA de fazer escova, Gladis. Que coisa! a fada das traidoras do movimento “Encaracolados Unidos Jamais Serão Vencidos” vai puxar seu pé de madrugada! 😀
Eu vou refazer minhas mechas californianas e não me atrevo a abandonar toda a química do RMC que recupera a química do descolorante JAMÉ. Mas acho legal ter possibilidades de tratamentos mais suaves.
Muito legal esse seu post. Curtchi!:P
[…] aqui no Salto Agulha sobre a estilista Suzanne Lee e o seu projeto Biocouture. Vale conhecer suas peças […]
Ruiva de vermelho? O-d-e-i-o!
Pra mim, toda ruiva só devia usar: verde-cana, verde-musgo e azul-tiffany.
Como foram injustas as coleguenhas daqui de cima!ta lindo o cabelo e a blusa! Kisses Clotildinha e Morena!
Adorei o post!muito legal não ver (só) futilidade no post!apesar de adorar umazinha de vez em quando!
Bjo!
oi,eu gostei do trabalho que vcs fizeram,eu tambem tenho nque fazer uma roupa de plasticom para a escola
Não duvido que isso fará parte das nossas vidas num futuro próximo (as roupas de bactérias). E seu cabelo tá liiiiindo!
[…] o assunto, convido quem não leu ainda a dar uma olhadinha nesse post onde falo de mais dois exemplos de sustentabilidade no mundo da […]