A frase do título não é minha, a internet credita a sentença a Oscar Wilde, mas ela define bem os meus últimos dias e a felicidade que eu sinto cada vez que entro no meu novo apê cheio de coisinhas (in)úteis.
Já se passou mais de um mês desde o meu último post, quando eu falei que ia ficar “umas duas semanas” sem atualizar o blog. Shame on me! Mas a volta dos Estados Unidos foi beeeeem movimentada. Pra vocês terem ideia, só agora estou desfazendo as malas!
Acontece que a casa onde eu morava junto com duas amigas queridas aqui em SP vai ser vendida e a gente tinha que sair de lá. Como eu estava fora do país, tive bem pouco tempo pra achar o meu cafofo novo. Daí a correria toda que foi.
Meu namorado veio de Natal para me ajudar a achar “O apê” e a gente – que acabou virando sócio também nesses últimos dois anos – vai morar junto agora.
Nós queríamos um apartamento em Pinheiros, bairo onde eu já morava, com pelo menos dois quartos (pra poder ter um escritório já que vamos fazer muito home office), uma sala grande para fazer fotos e vídeos pro blog, um piso de taco bem bonito, uma cozinha que coubesse mais de uma pessoa cozinhando, banheiro novo, uma área de serviço grande o suficiente para eu não me sentir sufocada e tudo isso por um aluguel que não custasse dois rins.
Difícil em São Paulo, né?
Mas tudo dá certo de um jeito tão inacreditável na minha vida, que o primeiro apartamento que a gente viu juntos era tudo isso e é nele que estou morando há – muito felizes – 6 dias! Ainda falta muita coisa e a geladeira, por exemplo, só chegou hoje! Passamos os últimos dias pegando gelo na casa de uma amiga e usando um mini isopor como geladeira, mas está sendo uma delícia!
Posso passar os próximos 10 anos rezando e agradecendo como tudo tem dado certo e ainda não vai ser suficiente pra tanta coisa boa! 😀
Uma lição que aprendi (ok, não devo ter aprendido ainda porque vou repetir isso outras vezes na vida) é não me desesperar antes do tempo. Antes do meu namorado chegar em São Paulo, no dia seguinte à minha chegada dos EUA, saí pra ver uns apês sozinha e vi dois lugares péssimos. Pronto. Isso foi suficiente pra me fazer chorar uma noite inteira achando que não ia encontrar um lugar legal pra morar rs. DRAMA QUEEN!
Mas agora está tudo bem e volto ao título do post. Não tenho fogão ainda, nem mesa, nem sofá… Mas tenho uma penteadeira linda, uma vitrola azul Tiffany, uma Lomo e um monte de brinquedo que trouxe da Disney. E não tem nada que me faria mais feliz dentro de uma casa do que esse monte de frescura. Porque são essas inutilidades que traduzem quem a gente é de verdade e isso é tão lindo!
Você pode olhar pra uma máquina de lavar e tentar falar sobre o dono dela. Tarefa difícil, né? Mas olha pra uma penteadeira amarela dos anos 20, com puxadores de porcelana e cor vibrante… Não é bem mais fácil imaginar como é a pessoa que comprou aquilo?
Então aqui, no café do lado de casa (já que o apezinho não tem internet ainda), eu tive vontade de escrever esse post e exaltar a importância dos supérfluos.
E da próxima vez que você quiser comprar algo que as pessoas acham “inútil”, mande um belo foda-se e compre aquilo que vai ser a coisa mais útil do mundo pra você!
♥
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