Vamos conversar mais? Respondendo perguntas das leitoras (parte 2)

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vídeo perguntas e respostas Semana passada postei a primeira parte do vídeo de perguntas e respostas. Dividi em dois para não ficar gigante e cansativo 🙂

Hoje posto a segunda parte, respondendo as perguntas que as meninas deixaram no Facebook. Tem muitas questões sobre vida profissional, jornalismo, blog, carreira, dinheiro… Achei bem legal dividir um pouco da minha experiência profissional com vocês – muito embora eu ainda esteja nos primeiros degraus dela hehehe

Aperta o play e vamos conversar?

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Txau São Paulo, oi mundo!

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Quando eu mudei pra São Paulo, em fevereiro de 2013, escrevi algumas vezes sobre a mudança e como foi me apaixonar pela cidade. Quem lê o blog há algum tempo sabe que sou inquieta e vivo procurando me meter em coisas novas. Há alguns anos eu sentia essa vontade de sair de Natal e ter uma experiência profissional “fora de casa”. Não que eu não goste da minha cidade. Na verdade, eu amo Natal! Mas precisava mesmo de novos ares e queria trabalhar com moda e comunicação de uma maneira que eu não via como viabilizar na minha cidade.

Sendo assim, parti para São Paulo no ano passado sem nenhuma certeza de que daria certo, mas muito curiosa e animada para tentar o que aparecesse no meu caminho. Fiquei uns dias na casa de um amigo querido que me abrigou na chegada (Apyus, te devo uma pro resto da vida e eu sou uma Lannister. Os Lannisters sempre pagam suas dúvidas) e fui procurar trabalho e lugar pra morar.

Tudo deu certo de uma maneira que eu nem esperava que desse. Conheci pessoas maravilhosas, fiz amigos, trabalhei com gente muito bacana – e outras nem tanto! – e em poucos meses estava vivendo uma realidade totalmente diferente da que sempre tive. Morando sozinha, me virando, aprendendo a cozinhar, trabalhando com moda e jornalismo do jeito que eu queria, pagando meu próprio aluguel e essas coisas todas de gente adulta 😛

Esse texto todo é só pra dizer que agora acabei de me mudar de novo. Depois do primeiro ano em São Paulo aquela inquietude voltou. Um belo dia estava com a minha colega que era redatora na mesma agência – e virou uma grande amiga <3– e a gente começou a conversar e perceber como estávamos infelizes naquele trabalho. Tudo tinha mudado, ou a gente não tinha percebido que desde sempre era tudo um grande truque? Não importa, o fato é que a gente não se via mais ali. É muito triste quando a sua força de trabalho só serve pra encher o bolso – e a bola- de uma pessoa que não presta, né? Então nesse dia caiu a ficha e nós decidimos que iríamos procurar outro trampo.

Alguns minutos se passaram e o telefone dela tocou. Recebemos uma proposta de trabalho que era também uma mudança e tanto! Passar seis meses fora do país, produzindo conteúdo para um site que estava sendo concebido.

É claro que a gente aceitou!

E aqui estamos nós. Viemos produzir conteúdo para um blog que está sendo criado, cujo objetivo é desvendar a cidade de Orlando e arredores para o público brasileiro. Estamos vivendo a cidade, o american way of life e descobrindo coisas bacanas que valem a pena ser compartilhadas.

Esse texto todo é uma breve explicação do que estou fazendo agora e o porquê da minha mudança, já que meus amigos e a galera que lê isso aqui se mostrou bastante preocupada perguntando repetidas vezes “… mas você foi embora de São Paulo? Mas porqueeee???”.

Calma, gente! Estou passando uns meses fora, viajando e escrevendo para esse projeto novo. A pauta não poderia ser melhor: turismo, gastronomia, lifestyle, moda, compras, Disney, praias e tudo mais que a Flórida pode nos proporcionar!

Em breve divulgo aqui o endereço no blog para vocês acompanharem o site e no fim do ano estarei de volta pra São Paulo, para continuar a nossa Love Story <3

Beijos e obrigada pela torcida de todo mundo!

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Pra que mentir?

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A revista TPM chegou às bancas hoje com uma capa criativa e super divertida. Além da foto toda trabalhada no retoque, as chamadas são aquelas que a gente vê em todas as revistas e só gera frustração e dinheiro pro terapeuta.

Já  a segunda capa traz a atriz Alice Braga bem mais leve e parecida com ela mesma – e ao mesmo tempo com todas nós. Uma foto profissional, feita em estúdio, com maquiagem… mas, ainda assim, parecendo uma pessoa de verdade.

Amei a ideia, o bom humor e a reflexão! Quero trabalhar na TPM 😀

 

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Carrie Bradshaw da vida real – Minha matéria com Lalá Noleto na Glam*

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*Mês passado foi publicada na Revista Glam uma matéria que fiz com a blogueira Lalá Noleto quando ela esteve em Natal participando de um evento. Eu já “conhecia” Lalá de outra vez que ela veio a Natal para o casamento de uma amiga. Deixei um exemplar da revista Salto Agulha com ela e algumas comidinhas potiguares, como castanha de caju e bala de coco =). Ela foi super atenciosa, me ligou para falar da revista e mantivemos contato pelo twitter desde então. Daí ela veio para o lançamento de uma das coleções do estilista Wagner Kalieno e eu paroveitei para bater um papo com ela e escrever sobre toda essa história de blogs, blogueiras, moda e comunicação. O resultado – para quem ainda não viu na revista – foi esse aí embaixo 😉

Escrever, comprar sapatos e frequentar fashion shows.

Essa era, basicamente, a rotina de Carrie Bradshaw no seriado Sex and the City, e um estilo de vida que passou a ser o sonho de muitas mulheres. Quem não daria todos os tesouros (incluindo os guardados no closet) para  viver frequentando os melhores eventos de moda, escrever sobre eles e ainda ganhar dinheiro pra isso? Todo mundo, né? Até porque o closet seria rapidamente reabastecido com os presentes que você ganharia das marcas.

Antigamente, ser jornalista de moda era o posto que mais se aproximava do sonho “estilo Carrie Bradshaw de ser”. Hoje, o cargo de blogueira é o que carrega todas essas expectativas. Lalá Noleto é uma das blogueiras mais conhecidas do país. Por causa do blog, está sempre viajando para participar de lançamentos, desfiles e inaugurações. Ela esteve em Natal para o lançamento da coleção do estilista Wagner Kalieno. Tudo muito corrido, agenda apertada, outros eventos em outras cidades à espera da blogueira.

O roteiro varia pouco: chegada, “almocinho” num restaurante charmoso de cada cidade, presentes esperando no hotel, salão de beleza, cabelo, maquiagem, escolha do look do evento, aparição pública, conversa com as fãs, fotos, fotos, fotos e, ufa!,  aeroporto de novo. Tudo devidamente registrado no Instagram e os melhores momentos em post no blog depois.

Entre a escova e a maquiagem na cadeira do salão de Abiss, conversei com Lalá para entender como a menina que escrevia blogs por hobby na adolescência fez disso sua profissão, e como funciona a engrenagem dos blogs de moda hoje no país.

Do direito à moda

Marcela Noleto nasceu em Goiânia, é formada em direito e chegou a trabalhar  em um dos maiores escritórios de advocacia da cidade. Quando criança, sonhava em ser dona de uma loja de vestidos de noiva. Vem de uma família de médicos e o vestibular para medicina também foi uma opção. Acabou passando para direito e seguindo a carreira jurídica, mas em pouco tempo percebeu que não identificava com a profissão. Não se via trabalhando por muito mais tempo naquilo.

Desde adolescente gostava de ler e escrever blogs. Sempre foi comunicativa, e adorava moda. A história de Lalá começou a tomar outro rumo quando ela conheceu algumas pessoas que trabalhavam na revista Contigo!. Querendo mudar de profissão, fez uma proposta para escrever uma página sobre moda na revista, em formato de blog. O projeto foi aceito e, ainda morando em Goiânia, começou a escrever para a revista.

Depois de um tempo colaborando de longe, a Contigo! reformulou o site e Lalá ganhou espaço também na página da revista na internet. Foi o momento em que ela se mudou para São Paulo e passou a colaborar também com outras publicações, como a Playboy. No site da Contigo! Lalá assinava um blog que passou a fazer muito sucesso entre as leitoras. Assim nasceu o Blog da Lalá.

O blog Falava de moda, e, principalmente, decifrava os looks das famosas. Sempre que alguma atriz aparecia usando um vestido deslumbrante, era correr pro Blog da Lalá e ter a certeza de que ela iria descobrir de onde era a peça e informar às leitoras. “No fundo eu gosto mais de comunicação do que de moda”, costuma dizer Lalá.

Algum tempo depois o blog havia crescido tanto, que chegara a hora da blogueira caminhar sozinha. Hoje o Blog da Lalá faz parte também do F*Hits, um grupo que se define como “A primeira prime network de moda do Brasil”. Noves fora o estrangeirismo, é uma rede que faz a ponte entre as marcas de moda e os blogs. Os clientes da rede aparecem nos blogs das meninas em eventos e “looks do dia” e as leitoras que se encantarem pelas peças podem adquiri-las em apenas um clique, na F*Hits Shop.

Hoje quando não está blogando, Lalá está… Blogando! “Não desligo do blog. Nossa, eu acho que eu só faço isso mesmo: pensar e trabalhar para o meu blog”, conta a moça que diz não ter um hobby específico, e trabalhar todos os dias da semana – menos no domingo. Lalá conta que não imaginou nem planejou essa trajetória, e que não tinha o objetivo de ter o blog como sua profissão. “Eu sempre achei que ia viver de revista. Sou uma pessoa de pouco planejamento, as coisas vão acontecendo e eu vou acompanhando. Sempre gostei de escrever e queria viver disso, o que aconteceu com o blog não foi planejado”, explica.

Talvez esse tenha sido o grande pulo do gato das blogueiras que dominam o mercado hoje. Sem imaginar exatamente onde iam acertar, elas atiraram com mais desprendimento, cada uma à sua maneira. O mercado foi mudando e o hobby ganhou a possibilidade de ser negócio.

Atualmente surgem novos blogs todos os dias e a maioria deles tem o claro objetivo de ser como Lalá e suas companheiras do F* Hits. São blogs que já nascem com suntuosas festas de inauguração e Media Kit pronto. Geralmente não dá certo. O blog não “pega”, não tem naturalidade. Lalá acha que é aí que as novas blogueiras erram. “Acho muito difícil acontecer o que aconteceu comigo de novo com outra pessoa. Na situação atual ela vai ter que ralar muito ou ser uma pessoa já conhecida, porque o mercado já está estabelecido”, opina.

Então, no mar de possibilidades que é a internet, não haveria mais espaço para novos blogs de moda? “Espaço existe sim, mas para coisas diferentes. O grande erro é que tem muita gente começando querendo fazer exatamente igual ao que já existe”, completa.

Não é à toa que as meninas querem copiar as blogueiras. Os blogs estão cheios de anunciantes e a maioria das moças aparenta – pelo menos na internet – ter um padrão de vida muito mais alto que a população “normal” brasileira. Afinal, vestem marcas caras, viajam com frequência ao exterior e frequentam lugares luxuosos. Um tempo atrás a revista Veja publicou uma matéria com a blogueira Lalá Rudge, dizendo que ela chegava a faturar R$ 100.00 por mês com o blog. A notícia rendeu muito bafafá e a blogueira depois disse que a revista não foi fiel às suas declarações. As moças não falam em números de seus faturamentos, mas a imaginação das aspirantes a blogueiras vai longe e só cresce o número de meninas que querem ser ricas e famosas através de um blog de moda.

Vivendo exclusivamente do blog hoje, Lalá Noleto conta que nunca prospectou clientes e que nega parceria com marcas que ela acha que não têm o perfil de seu site. “Nunca fui atrás de cliente nenhum. Eles que sempre me procuraram. E se a marca não tem a ver comigo, eu não aceito. Já neguei muitas parcerias para ser fiel ao estilo do blog e para não soar fake”, conta.

Sobre a relação com as colegas de profissão, ela diz que, ao contrário do que se pensa, as blogueiras se dão muito bem e são companheiras. “Não existe isso de rivalidade, as meninas se dão muito bem. Começou todo mundo meio que ao mesmo tempo, então todo mundo tinhas mesmas dúvidas, passava pelas mesmas situações e a gente se ajudava”, explica. É ifícil para quem está de fora imaginar tamanha cordialidade num universo onde pulsam vaidade, ego e dinheiro, como é a mídia de moda hoje.

Chega ao fim a escova da blogueira e também é o fim da nossa conversa. Ela tem que correr. Vai posar para fotos e seguir para o aeroporto. Descansar quando chegar em casa? de jeito nenhum! Tem mais compromissos do blog esperando. Tudo muito rápido, acelerado. Assim como a moda e as transformações que os blogs promoveram na roda da comunicação.

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Festa da Firma*

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* Texto originalmente publicado na Revista Versailles #20. Como tive que fazer alguns cortes por causa do espaço disponível na hora da diagramação, publico agora no blog o texto completo.

Festa da Firma

De todas as perguntas do tipo “o que vestir e como se portar em festas”, a mais complicada de responder é a que se refere à tal “festa da firma”. A confraternização de fim de ano das empresas, que os hipster convencionaram voltar a chamar de “festa da firma” exatamente como faziam seus pais um par de décadas atrás.

Festas como casamentos, batizados, formaturas e afins, têm um código comum e poucas variáveis. Mas a festa da firma é um abismo sem regras que pode fazer até Gloria Kalil se perder na etiqueta. De churrasco a jantar de luxo, são vários os modelos de confraternização. E aí o código de conduta depende de tudo. Depende do estilo da festa, do local, do nível de intimidade e convívio social funcionários, se a empresa é muito formal ou é free style (daquelas que os colegas de trabalho se tratam por “galado” e “esse omi”), se vai ter amigo secreto, se tem algum alcoólatra no grupo, etc etc.

Não há um guia genérico de como se portar que sirva para todos os tipos de festa da firma, mas há recomendações gerais importantes, que devem ser levadas a sério:

Não dê em cima do (a) chefe – ou pior, da mulher/marido dele (a).

Não dê lingerie para nenhuma colega de trabalho no amigo secreto.

Não aproveite a ocasião para sair do armário. Prefira uma conversa franca com os colegas num outro dia em que não esteja de pileque.

Não faça discurso dizendo o quanto a empresa é maravilhosa e como seu chefe é incrível. Você pensa que vai ganhar uma promoção, mas seu presente será somente a fama de puxa saco.

Não puxe uma “rodinha de oração” da sua religião.

Não aproveite a reunião para vender coisas ou fazer propaganda de algum serviço que você presta. É uma confraternização e não uma armadilha. Não faça o Louco da Herbalife!

Se a festa é daquelas onde as pessoas podem escolher a trilha sonora, nunca! jamais! escolha Simone e o seu deprimente “Então é natal”.

Não leve a família para a festa se não for especificado no convite que é essa a intenção.

Se for somente para os funcionários da empresa, não pague o mico de arrastar seu namorado ciumento à tiracolo.

Se ele forçar a barra e quiser ficar esperando do lado de fora da festa, dentro do carro, aproveite a ocasião para terminar o namoro (se for marido, peça o divórcio).

Se o convite é extensivo à família dos funcionários e seu filho não é adestrado para o convívio em locais públicos, deixe-o em casa. Nada mais desagradável do que uma criança destruindo a decoração e uma mãe apática gemendo “Arnaldiiiiinho meu filho, não faça isso”.

Não encha a bolsa de salgadinhos ou docinhos “pra levar pros meninos”.

Não dance o kuduro.

Não marque os colegas em poses estranhas nas fotos do facebook no dia seguinte.

E, por fim, as recomendações mais importantes para quem quer manter o emprego no próximo ano:

Não use Crocs.

Não seja visto conversando com ninguém que usa Crocs.

Os dois podem dar demissão por justa causa.

 

 

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