Lançamento imperdível para quem está por São Paulo e curte um bom texto.
O jornalista potiguar Paulo Araújo lança nesta terça-feira (04/06), a partir das 19h, no Espaço Revista Cult (rua Inácio Pereira da Rocha, 400, Vila Madalena), o livro “Como Se Fossem Letras” (Ed Jovens Escribas), uma coletânea de reportagens, entrevistas, perfis, ensaios e crônicas publicadas em diversos jornais, revistas e sites na última década.
Dividido em cinco capítulos, o livro já foi lançado em Natal, Mossoró e Currais Novos (RN) e agora chegou a vez de São Paulo, cidade onde o jornalista trabalhou entre os anos de 2001 a 2008, na Editora Abril.
Se você tem algum envolvimento com o jornalismo – como praticante da seita ou mero expectador, tem que ter um exemplar de “Como Se Fossem Letras” na estante. Ou na mesinha de cabeceira, para ler um texto por dia e viver inspirado 🙂
Serviço:
Lançamento do livro “Como Se Fossem Letras” de Paulo Araújo (Ed Jovens Escribas)
Data: terça-feira, 4 de junho
Hora: a partir das 19h
Local: Espaço Revista Cult (Rua Inácio Pereira da Rocha, 400, Vila Madalena), telefone (11) 3032-2800
Já viram esse banner fofinho aí à direita? Ficaram curiosos? clicaram?
O banner leva ao link do livro infantil Os Porquês de Luísa, que está disponível para download gratuito na Apple Store.
Apesar de já poder ser baixado, vai haver um lançamento oficial do projeto amanhã (sexta feira, 25) às 19h, na livraria Saraiva do Midway Mall. Lá todo mundo vai poder ler e interagir com o livro digital.
Na verdade, “Os porquês de Luísa” é mais que um livro. A história foi transformada em um aplicativo para iPads, totalmente interativo, cheio de ilustrações bacanas, trilha sonora própria e versões em português e inglês.
O bacana é que o projeto foi idealizado e realizado aqui em Natal, por uma galera muito talentosa, de várias áreas – design, ilustração, sonoplastia…
O primeiro tema da série de três livros é “A separação” e mostra o processo de entendimento e aceitação de uma criança quando os pais resolvem se separar. O objetivo é esclarecer de forma lúdica e suave um processo bastante complexo para as crianças.
Depois serão lançados outros “Porquês”, com outros temas delicados como a morte e a chegada de um irmãozinho. Os Porquês de Luísa” faz parte de uma novo momento na literatura infantil. Os livros digitais proporcionam uma nova maneira de ler e interagir com os dispositivos. A riqueza de detalhes das ilustrações, associado ao mais elevado conceito de programação e uma trilha sonora envolvente, levam o leitor a uma experiência única.
Divertido e tocante, o livro diverte, educa e emociona. O download é gratuito, o aplicativo está disponível em dois idiomas – português e inglês – e pretende alcançar de forma rápida o gosto popular nos downloads dos usuários Apple pelo mundo.
Para fazer o download gratuito do livro é só clicar no banner ali à direita, ou nesse link.
Se você tem um iPad e uma criança em casa, ou se não tem criança mas curte trabalhos de ilustração e design, faça o download e curta a página do livro no Facebook.
Amanhã, dia 25, na livraria Siciliano do Natal Shopping, a escritora – professora – pesquisadora- atriz- minha amiga querida – Clotilde Tavares lançará mais um livro em Natal.
Trata-se de “O Verso e o Briefing – A publicidade na literatura de cordel”, resultado de uma pesquisa na qual a autora levantou uma série dos chamados “folhetos de propaganda”, muito populares no interior do Nordeste brasileiro.
O livro nasceu a partir de um trabalho acadêmico encomendado pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) de São Paulo. O diretor da instituição, José Roberto Withaker Penteado, encomendou à autora um seminário sobre o assunto. O evento foi tão bem sucedido, que Clotilde, posteriormente, aprofundou um pouco mais a pesquisa e a converteu na obra que será lançada amanhã pelo editora Jovens Escribas.
A capa da edição, bem como sua belíssima e ilustrada diagramação interna, é do diretor de arte Danilo Medeiros, que este ano já fez a arte dos livros “Pés no Caminho” e “Silas”.
A pedido dos Jovens Escribas, Clotilde preparou alguns versos, convidando leitores, familiares e amigos para a noite de lançamento. Olha que bacana
Clotilde é uma bruxinha das letras. Domina a arte da escrita como ninguém. Ela tem um blog maravilhoso que não tem atualizado muito, mas vale a pena vasculhar todos os arquivos.
Os assuntos sobre os quais ela escreve? Moda, comportamento, política, cidadania, medicina, frescurinhas… e passeia magistralmente por todos eles!
É muito diva!
Então encontro vocês lá na Siciliano amanhã, a partir das 18h, ok? 😀
*Texto de Ada Lima, originalmente publicado na revista Salto Agulha, que você lê na íntegra aqui. Ada aceitou meu convite para compartilhar uma memória relacionada à moda, e o resultado é puro encantamento nas lembranças que ela tem de Ceição.
"At the sewing machine" - Ignat Bednarik
Ela nunca me deu um abraço: reservada, guardava os mimos para a filha. Mas afagou-me desde meus primeiros meses de vida com peças cuja delicadeza era a antítese do urro elétrico produzido pela máquina de costura Singer.
Maria de Conceição vestia-se modestamente. Em casa, estava sempre de havaianas, camisetas velhas e bermudas. Prendia os cabelos crespos num rabo-de-cavalo ou mantinha-os enrolados ao redor da cabeça, presos por grampos como uma touca. Moça séria, discreta, religiosa, pedia a bênção a vovô – seu tio – e a vovó – madrinha – com a voz suave, estendendo suavemente a mão calejada.
Se, na cozinha, as mãos de Ceição davam conta de pouco além do básico, com linha, agulha e tecido elas faziam maravilhas. Mais as rendas, fitas e bicos da loja da minha tia, dava-se a mágica. Mal vestia as roupas, ainda em casa, eu já me sentia a Rainha do Milho da quadrilha, o destaque do carnaval, a diva da festa de aniversário. As colegas olhavam – de esguelha ou sorrindo, dependendo do grau de amizade – e às vezes tocavam as peças, para depois perguntarem onde vovó havia comprado meu macacão, meu vestido, meu conjunto. “Ela só compra o tecido”, eu respondia, para arrematar depois: “é minha prima Ceição que faz”, cheia de orgulho da parente que reproduzia com riqueza de detalhes os figurinos das revistas e das novelas.
Então chegou a época – muito temida por vovó – em que comecei a verbalizar, discretamente, minha insatisfação com os babados e bordados. Meu desejo eram os jeans e outras peças, semelhantes às das demais adolescentes, que eu via nas vitrines das lojas. Ceição passou a costurar cada vez menos e não só para mim. “Minha vista é ruim”, dizia, ajeitando os óculos de lentes muito grossas que deixavam os olhos miudinhos. Eu soube por vovó do diagnóstico: glaucoma. E a casa de Ceição foi ficando cada vez mais silenciosa e vazia, sem os montes de tecidos que antes se acumulavam sobre a mesa de costura.
Hoje, as mãos que já me transformaram em princesa, anjo, bruxa e caipira ocupam-se mais de panelas, panos de prato e vassouras. Nem dos cabelos da filha, já quase adulta, cuidam mais. Há quem diga que suas últimas tentativas com a Singer, quase o tempo inteiro relegada a um canto de parede e coberta por um pano que a protege da poeira, não foram bem sucedidas. Bem, digam o que quiserem: para mim, as mãos de Ceição sempre serão de fada.
Ada Lima
CONVITE
E entre as boas novas que me chegaram por email na semana que passou, estava a notícia do lançamento do novo livro de poesias de Ada. Convite que estendo a todos os leitores – do blog e da revista.
A escrita de Ada é verdadeiramente apaixonante, até para quem não morre de amores por poesia como eu. Conto nos dedos da mão -do Lula!- os poetas que me emocionam, e Ada está entre eles.